O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou ontem, em entrevista ao Correio, que a existência de mais de um julgamento em relação aos mesmos réus leva a redução da possibilidade de erros da Justiça. Empossado no cargo na última terça-feira, o novo chefe do Ministério Público Federal (MPF) enfatizou que não pedirá ao Supremo Tribunal Federal (STF) a prisão dos réus do mensalão, uma vez que, segundo ele, tão logo o processo seja concluído as detenções serão decretadas pela Corte. "A prisão que decorre da sentença penal condenatória é uma consequência lógica, independentemente de o MP pedir ou não. Transitado em julgado o acórdão, no dia seguinte o mandado de prisão estará expedido", disse.
Janot explicou que só caberia ao MP pedir prisões neste momento, caso considerasse que há a necessidade de detenção cautelar de algum réu. Ao longo da tramitação da Ação Penal 470, nenhum dos acusados foi preso, embora o ex-procurador-geral Roberto Gurgel tenha feito tal pedido logo após o término do julgamento, em dezembro de 2012. Na ocasião, o presidente do STF, Joaquim Barbosa, rejeitou a solicitação do MP, sob o argumento de que era preciso aguardar a fase de recursos.
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